A linha do tempo do Twitter está sendo purificada.
O Twitter divulgou uma nova política na última quinta-feira com o objetivo de diminuir a disseminação de tuítes enganosos que se tornam virais. Chamada oficialmente de política de desinformação de crise, essa medida foca principalmente em conteúdo considerado “falso” ou em alegações feitas durante períodos de crise mais abrangentes, e inclui alterações específicas que certamente chamarão a atenção dos usuários comuns do Twitter.
“Para minimizar potenciais prejuízos, quando identificarmos indícios de que uma declaração possa ser falsa, não iremos promover ou sugerir conteúdo que esteja sujeito a essa política em todos os recursos do Twitter, como a linha do tempo, resultados de pesquisa e a aba Explorar”, informou a publicação da companhia.
De forma significativa, essa alteração ocorre logo após os comentários polêmicos feitos por Elon Musk sobre o algoritmo do Twitter que, no momento em que este texto foi escrito, estava envolvido em uma disputa agitada pela compra da empresa.
“O algoritmo está manipulando você de formas que passam despercebidas”, disse o bilionário em 14 de maio.
Na realidade, o comunicado divulgado na quinta-feira reconheceu os possíveis prejuízos, que vão além do Twitter, decorrentes da capacidade de amplificar automaticamente o conteúdo para os 229 milhões de usuários ativos diariamente. O Twitter considera que esses danos potenciais são especialmente significativos em momentos de crise, definidos pela empresa como situações que representam uma ameaça generalizada à vida, segurança física, saúde ou subsistência básica.
Essencialmente, o Twitter afirmou que não irá eliminar automaticamente o conteúdo marcado, mas pode ocultá-lo com um aviso de precaução.
O aviso informa que o Tweet quebrando as regras do Twitter sobre divulgação de informações falsas ou enganosas que possam prejudicar pessoas em crises permanecerá disponível por razões de responsabilidade.
Enquanto é possível que os usuários do Twitter se deparem com esse aviso ao navegar por sua linha do tempo, é improvável que eles próprios sigam a política de combate à desinformação da plataforma, a menos que publiquem conteúdo que viole as diretrizes, como a divulgação de alegações falsas sobre crimes de guerra ou atrocidades em massa.
Antes que Musk pudesse reclamar de censura, o Twitter fez questão de esclarecer que sua política não se aplica a “comentários incisivos, tentativas de depuração ou verificação de fatos, e histórias pessoais ou contas de primeira pessoa”.
Em suma, o bilionário que tem o hábito de postar coisas absurdas em suas redes sociais ainda está autorizado a prosseguir com essa prática.
Empresário Elon Musk
